Estruturas de Mercado

Estruturas de Mercado

As várias formas ou estruturas de mercado dependem das seguintes características:
A) Número de empresas que compõe esse mercado
B) Tipo de produto (homogêneo ou diferenciado)
C) Se existem ou não barreiras a entrada/saída das empresas
Hipótese: as empresas maximizarem os lucros
1) Concorrência pura ou perfeita
Características:
a) Muitos vendedores (grande número de empresas)
b) Produtores homogêneos
c) Não existem barreiras a entrada
d) As informações sobre lucros, preços, etc. são conhecidas por todos os participantes


2) Monopólio

Apenas uma empresa é responsável pela produção (oferta).
Não existe concorrência e nem produto substituto. Os consumidores se submetem as condições impostas pelo vendedor ou simplesmente deixarão de consumir o produto.
A curva de demanda da empresa é a própria curva de demanda do mercado como um todo.

3) Oligopólio

Caracteriza-se por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. Exemplos: Montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria de bebidas, indústria química farmacêutica, etc.
4) Concorrência monopolística

Características:
a) Número grande de empresas com certo poder concorrencial
b) Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla
c) Existem produtos substitutos
Exemplos: prestação de serviços (médicos, odontológicos, limpeza, abastecimento, oficina, etc).
*Marcas de produtos (alimentos, produtos de limpeza, lojas de roupas e medicamentos)

Conteúdo Prova:
Dia 04/06 as 19:30
1- Funcionamento do mercado (unidade 03)
2- Defesa da concorrência/consumidor (SDE, SEAE, CADE)
3- Estrutura de mercado

Curva de Possibilidades de Produção (CPP)

Mostra como a escassez de recurso impõe limite à capacidade produtiva.


Quanto mais alimentos são feito no país (exemplo), menos roupas, devido ao limite de produção imposto por mão-de-obra disponível, maquinas ou outros fatores.
Custo de oportunidade
É o grau de sacrifício que se faz ao optar produção de um bem, em termos de produção alternativa sacrificada (A diferença entre a opção que você fez e a que você poderia ter feito, no sentido monetário)
Capacidade ociosa (Ponto F) (Uma empresa tem capacidade de produção, mas não atinge por diversos fatores)
Pleno emprego (Ponto A, B, C, D e E) (Quando todos os fatores de produção estão sendo plenamente usados, sem capacidade ociosa, usado somente na teoria)
Nível impossível de produção (Ponto G)

Macroeconomia e Microeconomia

A macroeconomia estuda a economia em geral analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.
O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas interações relevantes.
A macroeconomia se preocupa com aspectos em curto prazo como desemprego, por exemplo.
A macroeconomia possui algumas metas como aumentar o nível de empregos, estabilizar os preços, distribuir renda, crescer a economia, solucionar conflitos de objetivos.
A estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados:

• Mercado de Bens e Serviços: Determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.
• Mercado de Trabalho: Admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.

• Mercado Monetário: Analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.

• Mercado de Títulos: Analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.

• Mercado de Divisas: Depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

A microeconomia ou teoria dos preços analisa a formação de preços no mercado, isto é, como a empresa e o consumidor se interagem e decidem o preço e a quantidade de um produto ou serviço.
Estuda o funcionamento da oferta e da demanda (procura) na formação do preço.
A microeconomia se preocupa em explicar como é fixado o preço e seus fatores de produção.

Divide-se em:
• Teoria do Consumidor: Estuda a preferência do consumidor analisando seu comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado.

• Teoria de Empresa: Estuda a reunião do capital e do trabalho de uma empresa a fim de produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta dos consumidores dispostos a consumi-los.

• Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação da matéria-prima adquirida pela empresa em produtos específicos para a venda no mercado.
A teoria da produção se refere os serviços como transportes, atividades financeiras, comércio e outros.

Sistemas de Organização Econômica

A produção de bens pode ser organizada de formas alternativas.
Os casos extremos são a direção centralizada e a descentralizada.
Na economia de decisão centralizada, o governo toma todas as decisões sobre a produção e a distribuição dos bens. Isso não ocorre na economia de decisão descentralizada ou de mercado, onde as próprias pessoas procuram resolver os problemas econômicos fundamentais (o que, como e para quem produzir) de acordo com o seu auto-interesse.

Os Problemas Econômicos na Economia de Mercado
Para determinar o que produzir, algumas pessoas se reúnem em empresas para gerar bens que lhes proporcionem lucro.
Para resolver como produzir, as empresas empregam técnicas de produção de menor custo.
A decisão de para quem se destina a produção é tomada implicitamente pelos donos de propriedade e de trabalho quando decidem como gastar seus lucros e salários.
Ao contrário da economia centralizada, na economia de mercado não há ordens:
a produção e o consumo de bens são voluntários.
Como decisões econômicas tomadas de forma descentralizada funcionam?
Pelo sistema de preços.

Sistema de Preços:
Como os bens que desejamos vão estar disponíveis em supermercados e lojas sem que o governo dê nenhuma ordem?
O seu lápis é feito de madeira extraída de alguma árvore.
Para cortar a árvore e levar o tronco até a serraria são necessários serras, caminhões, cordas e outros equipamentos.
Diversas pessoas com habilidades específicas trabalham na fabricação desses insumos, em troca de salário.
Outras pessoas trabalham na fabricação do próprio lápis, também em troca de salário.
Essas pessoas não necessariamente sabem que estão contribuindo para produzir o lápis.
Elas apenas trocam sua mão-de-obra por bens que desejam em cada etapa de produção.
Não trabalham pensando em produzir o lápis.

Como explicou Adam Smith, se a troca entre duas partes for voluntária, ela somente ocorrerá se ambas as partes acreditarem que irão se beneficiar com ela.
O sistema de preços se encarrega de coordenar essas decisões descentralizadas baseadas no auto-interesse.
É assim que o lápis é produzido sem que seja necessária nenhuma ordem vinda de um escritório central.

Informação e Incentivos
O sistema de preços é capaz de resolver os problemas fundamentais do que, como e para quem produzir.
Os preços dos bens transmitem informação e assim o que produzir fica determinado.
Os preços também carregam incentivos e o problema de como produzir pode ser resolvido.
O resultado trará uma determinada distribuição da produção entre as pessoas que contribuem para ela:
o problema de para quem produzir é assim solucionado.
Você e seus colegas resolvem comprar outro lápis e a papelaria passa a vender mais.
Se os estoques esgotarem na sua vez, você estará disposto a pagar mais para adquirir seu lápis extra.
Este acréscimo do preço traz um incentivo para que o dono da papelaria pague mais ao produtor que, por sua vez, paga mais aos fornecedores de insumos.
O aumento do preço transmite a informação de que as compras de lápis aumentaram e os que recebem essa informação passam-na adiante;
cada pessoa possui incentivos para procurar outra, na etapa de produção subseqüente, que pode estar interessada na informação.

Sistemas Econômicos

Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade.

Elementos Básicos:
1- Fatores de produção (capital, terra, recursos naturais e tecnologia)
2- Complexo de unidades de produção (empresas)
3- Instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais

A) Sistema capitalista (ou econômica de mercado)
- Regido pelas forças de mercado
-Livre iniciativa
-Propriedade privada dos fatores de produção

B) Sistema socialista (ou economia centralizada ou economia planificada)
- Órgão central de planejamento
-Propriedade pública dos fatores de produção
Formas intermediárias:

C) Sistema de Concorrência pura:
- Liberalismo

D) Sistemas de economia mista:
- Mercado
- Estado

ECONOMIA DE MERCADO: Depende da oferta e da demanda

Capitalismo:
É o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos.

No sistema capitalista:
As padarias, as fábricas, confecções, gráficas, papelarias etc., pertencem a empresários e não ao Estado. Nesse sistema, a produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura.

Socialismo:
É a denominação genérica de um conjunto de teorias socioeconômicas, ideologias e políticas que postulam a abolição das desigualdades entre as classes sociais. Incluem-se nessa denominação desde o socialismo utópico e a social-democracia até o comunismo e o anarquismo.

Sistema de concorrência pura:
O mercado, sem a interferência do governo, resolve encontrar seu ponto de equilíbrio, por meio do mecanismo de preços. Prevalece o laissez-faire: milhares de produtores e de consumidores têm condições de resolver os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como que guiados por uma mão invisível.

Sistemas de economia mista:
Um sistema de economia mista caracteriza-se pela existência, no seio do universo econômico, de duas esferas de interesses: a pública e a privada e pela participação crescente do Estado, por inúmeras razões, na vida econômica, quer em serviços tradicionais, quer em novas atividades de produção e de promoção.
Em um sistema deste tipo, o papel clássico do "mercado" é complementado por outros mecanismos tendentes a corrigir e aperfeiçoá-lo.